Escalar o Bauzinho era uma escalada que esta sendo adiada por ter uma trilha ruim para acessar a base das vias e por falta de parceiro para essa escalada. Há pouco mais de 2 meses passei por um cirurgia no cérebro que mudou minha vida, um implante neuromodular para minimizar os efeito da Distonia Muscular no meu corpo.
Escalar para mim nunca foi um problema, ja andar e fazer as trilhas sempre foi meu crux, isso agora esta passado pois já caminho sem muitas dificuldades e agora posso conhecer locais que eu evitava por causa da trilha.
Depois de treinar para melhorar o preparo fÃsico, marcamos de escalar a via Galba Ataide no Bauzinho em São Bento do Sapucai – SP no dia 24 de Agosto, participaram dessa aventura o Daniel de Andrade, Alexandre Karam, Victor Hugo Germano, Davi Caetano e Lucas Genofre, apesar das melhoras para eu andar, os lideres dessa escala Ale e Victor optaram por descer de rapel ate a base, sem duvida o rapel mais tenso que eu já fiz, pois a via tem cerca de 150 metros e descer nunca é tão legal quanto escalar, com todos na base da via começamos a escalar. A saÃda da via é bem estranha, precisa trabalhar bem a perna, e eu precisei de algumas tentativas para faze-la, após essa saÃda a via fica bem tranquila ate a primeira parada, para chegar ate a segunda para existe um crux, com uma movimentacao que eu nao estou acostumado a fazer, existe uma barriga que para passar deve-se fazer uma oposição jogando o corpo para esquerda, subir o pé direito bem alto, quase na altura da mão, montar no pé direito, ganhar altura, depois na mão esquerda tem uma abaulada, ganha mais altura e bate num agarra boa mais a cima, para resumir é quase uma virada de boulder a uns 40 metros de altura, na segunda cordada fica o crux da via, um lance de aderencia bem ruim também, existe um mão bem mais ou menos e deve usar os pés em pequena saliências que para mim não rolava, minha movimentação das pernas ainda não é la grande coisa e o cansaço estava bem forte, enfim não teve jeito, precisei roubar rs , o Ale prevendo essa situação, montou um corrimão unindo varias fitas! o Lucas foi o unico que mandou o lance, já que o Ale, Victor e Davi estavam la para ajudar na logÃstica e filmar nossa escalada, após o esse cruz tudo fica mais fácil! a quarta e ultima enfiada é a mais tranquila, ainda bem pois o cansaço estava enorme, a escalada demorou um pouco mais que o previsto, pois começamos a descer umas 10h30 e chegamos no cume umas 17h30.
Sem duvida fazer uma escalada tradicional me traz outros sentimentos, a vista la de cima, a técnica usada, é preciso saber o que esta fazendo, escolher bem os parceiros, aprender e ensinar técnicas que não conheço, o cansaço é outro, mas o desafio é muito motivador, essa é uma escalada que marcou minha vida porque agora sei que posso encarar mais paredões, apesar de gostar muito de esportiva e boulder, fica ate difÃcil quando me perguntam qual estilo eu mais gosto de escalar, eu sempre respondo que eu curto escalar independente do que, talvez por isso eu acabo conhecendo muitos points de escalada não ficando preso a uma única modalidade.
Para fechar o fim de escalada, no domingo ainda rolou um boulder lá no setor Aranha!
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Rocklog #8
Editado por mim
FAla Rafa, muito legal acompanhar seu desenvolvimento. Você já fez a normal do Baú também? Se quiser encarar a empreitada, bora lá!
Alê Silva
eae Ale!!1
ainda nao fiz!!!! O Marcão esta me devendo um climb la rrsrs
mas me convide que eu vou!
Abcs